Pós-greve
Feira Livre com variedade, mas preços ainda acima
Consumidor ficou atento aos valores, após os dez dias de paralisação dos caminhoneiros
Paulo Rossi -
Quem percorreu a Feira Livre da avenida Bento Gonçalves na manhã deste sábado (2), em Pelotas, voltou a ver as bancas com variedade e fartura de produtos. O consumidor, entretanto, estava mais atento aos preços, para verificar os efeitos da greve dos caminhoneiros, mesmo no terceiro dia após o fim da mobilização que parou o Brasil.
O quilo da cebola e do tomate, por exemplo, ainda estava acima do praticado. O tomate com valores que chegavam a se aproximar dos R$ 9,00 e a cebola acima dos R$ 4,00. "Alguns preços estão bem diferentes do normal", resume a dona de casa Nelda Patzlaff, 56. Era hora, portanto, de frear as compras e aguardar pelos desdobramentos dos próximos dias. Foi o que Nelda decidiu: comprou, sim. Voltou cheia de sacolas para casa, mas com quantidades abaixo do programado, na expectativa de queda nos valores.
O preço da batata, vilã, já caiu
Um dos produtos mais procurados na Feira era a batata, que virou motivo de piada nas redes sociais durante a greve. Em alguns pontos do país chegou a ser vendida por mais de R$ 8,00, o quilo. Em Pelotas, onde não há produção, simplesmente desapareceu da maioria dos mercados.
No último final de semana, o feirante Fernando Santos, 57, foi um dos vendedores que ficou sem batata para oferecer aos clientes. O saco de 50 quilos saltou de R$ 60,00 para R$ 300,00. Um acréscimo de 400%. Resultado: o produto desapareceu da banca. "Não deu para comprar. Coloquei outros produtos, como cebola e mamão", conta ao DP. E adianta: o preço do quilo que, na Feira, chegava a custar até R$ 2,00, não deverá voltar a esse patamar. A expectativa é de que o mínimo oscile entre R$ 2,20 a R$ 2,70, como já se viu neste sábado.
Sem impacto
O produtor de hortaliças Leomar Hartwig, 52, admite: passou pelos dez dias de paralisação dos caminhoneiros sem maiores impactos. Morador da região da Sanga Funda teve combustível para fazer as verduras e legumes chegarem aos pontos de venda. "Ficou prejudicado, mesmo, quem morava no interior, que não tinha como se deslocar".
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